“Diário de um confinado”: primeira produção 100% remota da Globo
Inesperado e desafiador, o isolamento social que marcou o ano de 2020 obrigou a maioria das pessoas a pensar fora da caixa e adotar novos hábitos. Para lidar com as mudanças repentinas, explorar a criatividade e dar passos além foi a melhor saída.
Em meio a esse cenário, a Rede Globo produziu sua primeira série 100% remotamente. Em “Diário de um confinado”, que estreou em junho no Globoplay e foi exibida pela TV Globo e pelo canal Multishow, Bruno Mazzeo retrata, de forma bem-humorada, o dia a dia da pessoa em quarentena nessa pandemia.
A bem da verdade, a pandemia só acelerou o processo de produção remota que a emissora já vinha testando e trabalhando há alguns anos e que estava sendo aplicado em grandes eventos. Agora, por força da ocasião, a empresa resolveu apostar nesse formato para a produção de uma série do começo ao fim para garantir a saúde e a segurança de todos os envolvidos.
“A tecnologia tem uma capacidade incrível de evoluir e se adaptar. A pandemia do coronavírus trouxe uma nova realidade que exige uma reinvenção do setor como um todo, principalmente quando falamos em alternativas técnicas para garantir a máxima qualidade e resultado”, afirma Marcelo Bossoni, diretor de Tecnologia do Entretenimento da Globo.
Conheças algumas curiosidades de como foi feito processo de pré e pós-produção:
- 48 pessoas trabalharam na equipe da série;
- Os atores receberam, em suas casas, um kit com equipamentos básicos já higienizados e de fácil manuseio;
- As equipes de produção passam orientações de como montar e dispor os equipamentos nos locais de gravação, ou seja, na casa dos atores. Bruno e Joana Jabace, diretora artística, enviaram fotos dos seus apartamentos para que a diretora de arte pudesse indicar a melhor disposição da cenografia;
- Arlete Salles, Fernanda Torres, Lázaro Ramos, Lúcio Mauro Filho e Renata Sorrah, artistas que fizeram participação especial na série e contracenaram remotamente com o protagonista, também gravaram cada um em suas casas. Parte do kit que eles receberam incluía dois aparelho celulares: um para captação em 4k e outro que ficava conectado a um ambiente de reuniões online por onde a equipe monitorava as gravações.
- Câmeras com sensores full frame, estabilização, smartphones, monitorações, links de vídeo e itens de iluminação foram enviados para a direção.
O diretor considerou a missão desafiadora, porém gratificante ao ver o resultado alcançado e como a equipe se empenhou em aprender novos formatos e tecnologias para fazer o projeto sair do papel: “Acredito que um dos principais desafios foi ultrapassar essas barreiras geográficas através de uma combinação de softwares de videoconferência e sistemas de monitoramento de multichamadas, garantindo toda a infraestrutura e suporte necessários para conectar os participantes aos sistemas”.
Aqui na 8 Milímetros, nós também já fizemos gravações remotamente. Veja como foi esse processo AQUI!