Mulheres influenciadoras ganham, em média, 30% menos que os homens


Influenciador é uma profissão que surgiu recentemente e está super em alta. Especialmente entre a geração mais jovem, não é incomum ouvir “influenciador” como resposta para a clássica pergunta “o que você quer ser quando crescer?”.

De acordo com uma pesquisa da Nielsen publicada pela Folha de S. Paulo, o Brasil possui 500 mil influenciadores digitais (considerando os que têm mais de 10 mil seguidores nas redes sociais). Para efeito de comparação, é o mesmo número de médicos no país.

E claro, com tanta gente querendo entrar e consumindo, naturalmente esse é um mercado que gira bastante dinheiro.

Um levantamento do Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário (Cenp-Meios) mostra que o valor faturado por publicidades nas redes sociais foi de R$ 1,43 milhão em 2021. Somados, o faturamento em jornais, rádios e revistas foi de R$ 1,2 milhão. Definitivamente, são novos tempos.

Apesar dos números expressivos, ainda têm alguns que assustam negativamente.

Um estudo publicado pela Izea, empresa de marketing de influenciadores nos Estados Unidos, concluiu que os homens influenciadores ganham, em média, 30% a mais do que as mulheres, apesar delas representarem 85% dos patrocínios feitos com influenciadores em 2021. O valor pago aos homens por postagem foi de US$ 2.978, em média.

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A única vez que as mulheres influenciadoras ganharam mais que os homens em 2021 foi quando analisado os Stories do Instagram: média de US$ 962 por postagem, enquanto eles receberam por volta de US$ 609.

Em uma profissão tão moderna como essa, que se pressupõe maior adequação às pautas e discussões atuais, é preocupante ver que a desigualdade de gênero é tão presente.

Será que os discursos de inclusão e diversidade que muitas marcas pregam por aí estão sendo colocados em prática de verdade? Por que ainda não vemos o resultado real disso não apenas na contratação de mulheres e minorias, mas também no valor direto do seu trabalho?

O que você acha que as marcas, agências e influenciadores podem fazer para mudar esse cenário?

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