“Os Pássaros”, clássico do consagrado cineasta Alfred Hitchcock, está completando 60 anos.
O brilhante diretor fez mais de 50 filmes ao longo de sua carreira, inclusive tantos outros clássicos como “Psicose”, “Janela Indiscreta” e “Um Corpo que Cai”, e é considerado uma das mentes mais brilhantes e criativas da indústria cinematográfica de todos os tempos. Com senso de humor macabro e um talento inenarrável na arte de criar suspense e terror, seus filmes continuam sendo referência para amantes e profissionais do cinema.
E por que “Os Pássaros”, de 1963, continua sendo tão bom? Mesmo após décadas, o que torna esse filme especial?
Uma boa história é sempre uma boa história em qualquer lugar no tempo. O longa trata de questões sociais sobre a imprevisibilidade da natureza e os perigos da interferência do homem no mundo natural, um alerta contra a arrogância da humanidade e um apelo a um maior respeito pelo meio ambiente. É lá da década de 60 mas poderia ter sido escrito hoje, não?
O filme foi um dos primeiros a utilizar fenômenos naturais para criar terror. Ao invés de monstros ou vilões sobrenaturais, O diretor escolheu pássaros para serem o causador do medo, animais inofensivos que fazem parte do nosso cotidiano – o que torna tudo ainda mais assustador.
Hitchcock usou uma combinação de pássaros mecânicos, pássaros vivos e retroprojeção para criar a ilusão de pássaros atacando humanos. Esta foi uma abordagem inovadora para efeitos especiais e nunca havia sido vista antes em um filme. O resultado foi um retrato verdadeiramente aterrorizante da natureza que deu errado.
Mestre do suspensa psicológico, Hitchcock usou a música, edição e ritmo ajudam a criar e elevar a tensão ao longo do filme. A trilha sonora do filme, composta por Bernard Herrmann, é uma obra-prima por si só, com seus assombrosos cantos de pássaros. Hitchcock também usa suas técnicas de câmera que são sua marca registrada, como takes longas e perseguição, criando uma sensação de desconforto e desorientação.
E você, o que mais gosta nesse filme?
