Quando surge uma nova tendência, seja ela na moda, na estética, na tecnologia e até mesmo no cinema, todo mundo quer usar. Afinal, estar por dentro é legal, né?
Uma tendência que tem aparecido bastante nos últimos tempos referente ao cinema é sobre o uso de luz difusa, especialmente pelos criadores de conteúdo na internet. Claro que essa técnica existe há muito tempo, mas é diferente você usá-la com um propósito específico ou porque todo mundo usa e você precisa fazer igual.
Afinal, o que é luz difusa e, principalmente, será que estamos usando pelos motivos coretos?
O filtro de luz difusa cria uma espécie de névoa, o que é totalmente diferente de imagens desfocadas ou borradas – uma imagem difusa mantém seu contraste e nitidez. É como se tudo ficasse mais suave na imagem, e até os poros e manchas da pele de uma pessoa ficam mais sutis.
Muitos usam essa técnica para criar um aspecto mais “profissional” para o conteúdo. Especialmente para quem não tem uma verba tão alta para produzir vídeos, a luz difusa dá um aspecto mais cinematográfico para a produção e é relativamente simples de conseguir, basta adquirir um filtro apropriado.
Porém, um dos problemas com a luz difusa é que ela cria um tipo de halo em torno do objeto, que seria o reflexo de pontos brilhantes de luz, causando um “brilho” excessivo em algumas imagens.
Outro ponto de reflexão sobre os filtros de luz difusa, e talvez ainda mais perceptível do que o halo em si, é que o filtro também aumenta os níveis de preto da imagem. É preciso ter cuidado ao minimizar a taxa de contraste, pois as composições podem começar a se parecer com sequências de sonho e flashbacks.
Ao observarmos a imagem abaixo, podemos ver que um filtro de luz difusa afeta a relação de contraste de toda a imagem. É isso que acontece quando se aumenta progressivamente a intensidade do filtro.
