Quanto custa um canal no YouTube?


“Ah, mas é só gravar uns vídeos e colocar no YouTube, não vou gastar nenhum dinheiro com isso.”

Se você tem a intenção de se tornar um youtuber ou de criar um canal para a sua marca/empresa, pode ter passado pela sua cabeça de que a tarefa é fácil e barata. Bom, não é bem assim.

Gravar um vídeo (ou vários) exige bastante planejamento, dedicação, tempo e, sim, investimento financeiro. Mas por onde começar a calcular o custo de um canal no YouTube?

Antes de mais nada, é fundamental estabelecer um budget que você poderá destinar à construção do seu canal. E lembre-se que pode levar um tempo até você começar a ganhar dinheiro com visualizações ou patrocínio, por isso é importante ter esse planejamento financeiro e de fluxo de caixa.

O sucesso de um canal está diretamente ligado à frequência em que se posta novos vídeos. Faça um plano detalhado de conteúdo e frequência para entender quantos vídeos você vai postar durante um determinado período.

Contar com o expertise de uma produtora de vídeos para produzir seus conteúdos pode ser uma excelente ideia, pois contratar pacotes sai muito mais em conta do que pagar por vídeos individuais e o processo de uma produtora é todo otimizado, sem perda de tempo e dinheiro desnecessário. Isso, com certeza, vai fazer diferença no seu orçamento.

Dito isso, vamos ver quais são os principais custos que você terá ao criar e gerenciar um canal no YouTube:

Programação otimizada

Profissionais e locadoras de equipamento normalmente cobram por diária, então aproveite bem cada segundo. Como? Programe-se para gravar o maior número possível de vídeos em uma mesma diária. Logicamente isso pode gerar um acréscimo no valor da edição, porém, na ponta do lápis, fica muito mais barato do que abrir novas diárias. Mas lembre-se: isso precisa ser combinado antes com os profissionais ou a produtora contratada.

Equipe e equipamentos mínimos

A equipe e os equipamentos necessários vão variar de acordo com a sua demanda, mas alguns são indispensáveis:

Câmeras – Os modelos DSLR ou Mirrorless são opções mais fáceis de usar e mais baratas. Evite usar a câmera do seu computador, pois a baixa resolução e a falta de recursos prejudicarão a qualidade do seu vídeo. Fuja também das câmeras do tipo GoPro, pois elas distorcem as imagens (a menos que você ache que essa distorção acrescente algo na linguagem dos seus vídeos).

No vídeo abaixo, o Manual do Mundo mostrou como construir um monopé caseiro, equipamento usado para dar suporte e estabilidade à câmera:

Gravadores de áudio e microfones – A maioria das câmeras que acabamos de recomendar não possuem controles avançados de áudio, por isso é importante usar gravadores externos. O modelo do gravador pode variar de acordo com o modelo do microfone que você for usar (por exemplo, para o microfone boom é necessário que o gravador possua Phantom Power). O correto é não usar o microfone da câmera porque, entre outros motivos, ele capta todos os movimentos feitos ao redor da câmera, o que pode gerar muitos ruídos e estragar o áudio do seu vídeo. Além disso, é difícil deixá-lo na distância e direção correta para a captação do áudio, já que a prioridade da câmera é a imagem.

Lapelas com fio – Embora aqui na 8 Milímetros consideremos o uso da lapela prejudicial à plasticidade do vídeo, já que fica aparente em cena, é uma opção bastante usada por youtubers – em especial porque há modelos relativamente baratos no mercado.

Microfone boom – É a opção de microfone mais cara, mas seu vídeo ganha muito em estética, já que nesse caso o microfone não aparece na cena.

Na dúvida sobre esses dois microfones? No vídeo abaixo, explicamos quando usar o boom ou a lapela:

Iluminação – Existem diversos kits básicos de luz disponíveis para locação e compra. O mais comum é o Softbox, que fornece uma luz mais suave. O ideal é que esses kits possuam ao menos três pontos de luz, ou que um profissional com conhecimento consiga rebater uma das fontes de luz produzindo novos pontos.

Se você não pretende contratar uma produtora para cuidar da captação, você terá que comprar ou locar os equipamentos. Essa decisão muda conforme sua necessidade ou demanda. Faça uma comparação de preços pensando em quantas vezes você pretende usar os equipamentos e no montante de dinheiro que você dispõe. Vale lembrar que a equipe também pode ser contratada por diária ou por projeto.

Cinegrafistas – Pode parecer que não, mas você vai precisar de alguém para operar sua câmera. Usá-la sem um cinegrafista por trás pode interferir pesadamente no resultado do seu vídeo, pois qualquer mudança na sua posição ou na luz é suficiente para prejudicar seu vídeo. Caso deseje duas câmeras, para obter um dinamismo maior, considere dois cinegrafistas. Ah, e fuja sempre do foco automático.

Operador de áudio – Esse profissional irá monitorar o áudio para não deixar nenhum ruído escapar. É mais barato contratar um operador de áudio do que depois tentar tirar um ruído na edição, ou pior ainda, ter que regravar o vídeo.

Diretor – Ele irá coordenar a gravação e a equipe para que todos os vídeos tenham a mesma linguagem, para que a equipe trabalhe da forma mais otimizada e assertiva e não falte nenhum detalhe.

Produção – Em vídeos mais elaborados vale contratar um produtor para te ajudar na logística. Não sabe o que faz um produtor? Falamos mais sobre isso contando o que faz um produtor de cinema que pode te ajudar a entender a importância desse profissional.

Diretor de fotografia – Esse profissional ajuda na escolha de enquadramento e na montagem da iluminação (saiba mais aqui). Seu custo é um pouco alto e pode encarecer seu projeto, mas você terá vídeos mais profissionais e com uma plasticidade mais bonita.

Roteiro

Primeiro, é importante entender a diferença entre briefing e roteiro. Briefing são detalhes importantes a se considerar na produção e a ideia central que norteia o vídeo. Roteiro é o detalhamento cena a cena do que será assistido no vídeo final.

É possível que você mesmo produza seus roteiros (veja algumas dicas de como fazer um roteiro de vídeo AQUI), mas nós aconselhamos que invista em um bom roteirista porque isso o ajudará a otimizar melhor seu tempo de captação e edição (e, assim, economizar dinheiro) e, principalmente, a chegar ao melhor resultado final. Normalmente, esse profissional cobra por projeto.

Edição

O editor fará a montagem das cenas, considerando os melhores pontos de cortes e as melhores transições. Outros serviços que podem ser feitos junto à edição, que agregam valor ao vídeo e representam um investimento extra são: tratamento do áudio, escolha de trilhas e correção de cor (contraste, brilho, temperatura de cor).

Esse serviço normalmente é cobrado pela hora do profissional e do equipamento – quanto mais material, maior será o investimento.

Confira 5 erros na edição de vídeos que podem prejudicar o resultado final do seu material.

Trilha sonora

Seu vídeo precisará de boas trilhas, mas você não deve colocar qualquer música que goste no seu vídeo. Porém, muitas vezes, você precisará de autorização para usá-las. A falta dessa autorização poderá te causar problemas legais com os detentores dos direitos sobre a música. Além disso, o YouTube te impedir de monetizar seu vídeo, excluir o áudio ou até retirar o material do ar.

Há opções de trilhas brancas gratuitas na internet, e o próprio YouTube disponibiliza alternativas pra quem possui um canal na plataforma. Só vale prestar atenção na escolha porque, justamente por serem gratuitas, muitos outros canais usam a mesma música inúmeras vezes, o que pode ficar chato para que assiste.

Você pode comprar pacotes de trilhas brancas ou contratar produtoras que possuam um bom pacote em seu acervo.

Videografismo

Invista em um bom pacote gráfico. Esse é um custo que você vai ter só uma vez, apesar de o ideal ser refazê-lo e modernizá-lo de tempos em tempos – mas isso pode ser adaptado ao seu orçamento. Veja como você pode apostar em animação para deixar o seu vídeo mais interessante.

Caso você queira um canal mais dinâmico, divertido e moderno aposte em mais animações também. Elas podem ser de diversos tipos e suas variações representaram diferentes orçamentos.

Animação estilo flat design: tradicional, barato e simples

Animação com tracking: são animações integradas com o vídeo

Animação em 3D: mais realistas e, por isso, mais complexas e mais caras

Estúdio/locação

O espaço em que você filmará seu vídeo depende muito da proposta do seu canal. Há youtubers que usam o próprio quarto ou um espaço legal da casa, mas mesmo assim não deixe de investir em um cenário bacana. Você também pode alugar um estúdio. Há diversos tamanhos e tipos (grandes galpões, com fundo branco, com chroma key) e os preços variam.

Lembre-se que, ao locar um estúdio, você deve considerar mais custos com iluminação, cenário e até a produção de um cenário virtual no caso do chroma key. Filmar em áreas externas públicas também é uma possibilidade, mas não é de graça, consulte a CET ou o responsável pela administração do espaço que você deseja (por exemplo, no caso de parques, você deve consultar as Secretarias Estadual e Municipal do Meio Ambiente).

 

Contratar uma boa produtora de vídeo te ajudará a tomar uma decisão melhor sobre todas essas variáveis que foram apresentadas e a diminuir seus custos, já que elas conhecem os melhores fornecedores, têm mais poder de negociação e conseguem preços mais competitivos.

Além disso, uma produtora poderá administrar toda a logística envolvida na produção dos seus vídeos, sobrando mais tempo para que você se dedique à criação do conteúdo ou a questões comerciais que resultarão em maior lucratividade para seu canal. E a expertise poderá ser a chave para vídeos com qualidade, algo essencial em um espaço tão competitivo como o YouTube.

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