Forte, grandioso, importante, necessário. Assustador e triste. Esses são alguns dos adjetivos e sensações que podem ser atribuídos a esses mais de 20 minutos de conversa com mulheres atuantes na técnica do mercado audiovisual, visto como uma área exclusivamente masculina.
O mercado de trabalho, em muitos setores, ainda é majoritariamente masculino, e as mulheres encaram muita resistência para provarem seus talentos e precisam quebrar inúmeras barreiras para conseguirem seu espaço. Já fizemos um texto sobre coletivos de mulheres no mercado de trabalho, criados justamente para dar apoio e visibilidade às mulheres dentro de suas áreas de atuação. Vale à pena a leitura para se inspirar e, por que não, pensar em novas maneiras de apoiar o trabalho feminino.
No audiovisual, se essa resistência existe, existe também a luta para transpor essas barreiras. Esse episódio é uma delas. Colocar esse debate em jogo, trocar experiência, proporcionar a união e o apoio entre as mulheres e fundamental para mudar a situação e proporcionar às mulheres as oportunidades que lhes são por direito e competência.
“Não tem como eu deixar a mulherzinha em casa. Eu sou uma mulher e estou trabalhando aqui.” – Thai Robaina, Diretora, Operadora e Assistente de Câmera
“Foram poucos os sets que eu participei que tinham outras mulheres na minha área.” Kali Robaina, Assistente de Elétrica e Maquinária
“Eu nem sabia que não era uma função que tinha mulheres fazendo.” – Fernanda Frate, Contrarregra e Cenotécnica
“Se a gente quer deixar o set mais plural, eu vou indicar as minhas amigas pretas, minhas amigas mulheres, minhas amigas trans.” – Evelyn Santos, Técnica de Som e Microfonista
Essas são algumas das falas de profissionais mulheres no mercado de audiovisual ditas no episódio Mulheres na Técnica, o primeiro da série Polifonia Audiovisual sobre a presença das minorias no mercado audiovisual e os desafios que enfrentam, produzido pela 8 Milímetros.