O que é live action?
Provavelmente, nunca antes da história do cinema o termo live action se tornou tão popular quanto agora. Apesar de não ser nenhuma novidade, os últimos remakes de clássicos da Disney deixou a técnica “na boca do povo”.
Há algumas definições ligeiramente diferentes sobre o que é live action, mas a maioria explica como sendo uma produção que usa atrizes e atores reais e que pode, ou não, ser combinada com animações 2D e CGI (em inglês, imagens geradas por computador).
Para quem pensa que a técnica é recente, o primeiro live action data de 1964, com “Mary Poppins”. Colocar a atriz Julie Andrews em meio a criaturas animadas foi uma ousadia para a época! Outro filme que marcou uma geração foi “Space Jam – O Jogo do Século”, de 1996, estrelado pelo astro do basquete Michael Jordan, que contracena com os personagens do universo Looney Tunes.
O fato é que o live action é uma forma de repaginar uma história que já tem conexão emocional com a audiência. O roteiro pode, ou não, ser seguido à risca – dependendo da história, algumas adaptações podem ser necessárias para “caber” no mundo atual, como no live action de “Alladin”, onde a princesa Jasmine é bem mais girl power do que na história original.
“A Bela e a Fera” (2017), “Cinderela” (2015), “Alice no País das Maravilhas” (2010), “Malévola” (2014) são alguns exemplos mais recentes de live action de sucesso e que causaram grande expectativa no público saudosista por rever seus desenhos favoritos da infância nas telonas de uma forma mais realista e moderna.
E se você está se perguntando onde está “O Rei Leão” nessa lista, cujo lançamento no ano passado gerou bastante empolgação tanto por parte do público quanto pela crítica, nós vamos explicar. Para muitos, o filme não se enquadra como live action porque não utiliza nenhum ator ou atriz reais, e também não tem captação de cenas. Ou seja, é uma animação fotorrealista toda feita por computação – e com um dos orçamentos mais estrondosos.
“Mogli: Entre Dois Mundos” (2018), também tem animais falantes como personagens, mas existem diferenças cruciais em relação ao longa do Simba que o caracterizam como live action. Em Mogli, existem atores e atrizes reais em cena. Além disso, foram utilizadas técnicas de captação de performance dos atores que fizeram os animais, conferindo expressões faciais aos animais, transmitindo mais emoção e sentimento às cenas. Outro ponto de destaque são os cenários do longa, pois uma equipe criativa fotografou mais de mil locações na Índia para ajudar na construção da ambientação. Em “O Rei Leão”, os animais foram apenas dublados e tudo foi feito de forma integralmente digital.
Por mais incríveis e extremamente bem feitos que sejam o live action da Disney, alguns críticos questionam se é de fato uma onde de nostalgia ou falta de criatividade da indústria em criar coisas novas, reaproveitando aquilo que já é sucesso.
O que você acha?