Koo: a nova rede social vai virar?


A internet é um universo que não para de mudar, e às vezes fica difícil acompanhar cada novidade e prever o que será dela no longo prazo.

O mais novo burburinho do meio online é o Koo, uma nova rede social indiana criada em 2020 já consolidada no seu país de origem. No Brasil, foram mais de 1 milhão de downloads nas primeiras 48 horas após o lançamento da versão em português.

O hype em torno da novidade vem muito na esteira da crise do Twitter. Depois de ser adquirido por Elon Musk, a rede vem passando por diversas polêmicas, demissões em massa e mudanças de direcionamento que vem desagradando os usuários. Até a hashtag #RipTwitter foi parar nos trending topics da própria plataforma, mostrando a insatisfação e debandada de usuários a partir dos boatos sobre o fim da rede do passarinho azul.

Sem dúvida, outro fator que impulsionou a popularidade meteórica da plataforma foi o nome de duplo sentido. Os memes são muito fortes do Brasil, e um nome como esse abre uma janela infinita de possibilidade de brincadeira. Segundo Henrique Rojas, sócio e CSO da Peppery “o fato de o nome trazer consigo um duplo sentido que estimula a quinta série que habita dentro de todos nós faz com que o awareness orgânico da plataforma seja enorme.”

Mas qual será o futuro do Koo por aqui?

Ainda é cedo para saber. A aposta é que a rede do pássaro amarelo seja uma forte candidata para substituir o Twitter mas, apesar do boom inicial, não dá para garantir que vai emplacar de verdade.

O que se observa é que o barulho em torno da rede é muito mais por causa do nome do que da usabilidade. O Koo não presentou nenhuma grande novidade, nenhuma ferramenta nova, pelo menos por enquanto. Além disso, ainda houveram alguns problemas como invasão de perfis, o que abala a credibilidade e confiança.

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O influenciador Felipe Neto foi umas das grandes celebridades a criarem um perfil no Koo.

Alguns especialistas do mercado acreditam que o Koo pode ser o próximo Clubhouse. A rede funciona como uma sala de bate papo e vivenciou uma explosão de downloads na época do seu lançamento. Muitos influenciadores grandes de outras redes e marcas criaram seus perfis do Clubhouse, mas a plataforma não deslanchou e logo caiu no esquecimento.

Luiz Zapatero, atendimento premium da Banca Digital, acredita que o barulho em torno do Koo é temporário. “O Twitter não vai acabar, e as pessoas não vão migrar para uma nova plataforma tão rápido assim por um período duradouro. Acho que é algo como um novo ClubeHouse, com burburinho efêmero”.

Algumas marcas têm aproveitado a onda e criado seus perfis na rede social indiana. O objetivo é o de estar presente no assunto do momento, mas é preciso pensar bem antes de fazer uso do trocadilho com o nome como estratégia de marketing. “Fazer parte da conversa é importante, mas elas têm de fazer sentido para aquela marca. Fazer só por fazer não vai ajudar na construção de nada relevante”, fala Toni Fernandes, sócio e líder criativo da monkey-land.

O que você acha do futuro da nova rede social?

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