Games como fonte de inspiração para motion design


É claro que os filmes programas de TV e videoclipes estão repletos de motion graphics, que não só podem como devem servir de inspiração para artistas dessa área na hora de fazer suas criações.

Mas você já parou para analisar o universo dos games?

Se você não joga, pode ficar em dúvida sobre como um jogo de RPG ambientado em um mundo de dragões e monstros poderia inspirar qualquer forma de motion design, certo? Mas veja bem, não é exatamente o jogo em si. Observar os componentes que auxiliam a “jogabilidade”, como mapas, telas de tutorial, interface do usuário e texto na tela pode trazer muitos aprendizados para a criação de motion graphics. Quer ver só?

Mapas – Division e Call of Duty

A comunidade do After Effects Maps tornou-se bastante grande nos últimos anos, com vários tutoriais de mapas sendo postados frequentemente no YouTube. Além disso, vários plugins de mapas vem entrando no mercado de plugins com uma ampla variedade de ferramentas de mapeamento adicionais. Em Division 2, o mapa é exibido em espaço 3D, permitindo ampliar áreas específicas.

Alguns jogos para pesquisar mais sobre mapas:

  • Série The Division
  • Série Batman Arkham
  • Série Call of Duty (exceto os jogos ambientados na Segunda Guerra Mundial e na Guerra Fria)
Tom Clancy's The Division 2 | Xbox

Integrando informações no local – Death Stranding

Após o lançamento de Iron Man pela Marvel em 2008, era muito comum ver projeções holográficas digitais em vídeos online. Embora os gráficos em movimento holográfico não tenham desaparecido completamente, em meados da década de 10, começamos a ver um declínio na popularidade e talvez uma diminuição na inovação, pois a maioria dos efeitos já havia sido feito.

Em 2019, com Death Stranding, o jogador tinha que atravessar terrenos rebocados e paisagens duras ao longo do jogo, mas com a ajuda de um scanner de pulso de terreno. Esta era uma ferramenta que escaneava a paisagem, permitindo que você visse qual terreno estava nivelado, destacando também qualquer informação adicional nas proximidades, como na imagem abaixo:

Maps in Death Stranding
Imagem: https://www.rocketstock.com

Aplicar motion graphic a uma paisagem em movimento em vez de ter elementos digitais pairando é uma ideia inteligente. Os elementos digitais se integram à paisagem ao invés de parecerem algo de fora do mundo, não interrompendo a imersão do jogador.

Alguns profissionais podem até pensar que não seria necessário mais do que rastrear seus elementos digitais na paisagem. Mas paisagens, especialmente encostas e rios, são superfícies instáveis e deformadas, e sempre foram um problema para o software de rastreamento.

Elementos de interface do usuário simples

Embora os jogos com componentes digitais pareçam a melhor forma de buscar inspiração para motion graphics, eles não são a única opção. Ghost of Tsushima é um jogo de exploração em terceira pessoa em mundo aberto ambientado no Japão feudal e um pouco baseado no realismo. Nele, é possível encontrar elementos de interface do usuário interessantes, como:

  • Os elementos do menu aparecem como se desenhados com um pincel tradicional japonês
  • Os contos de histórias são animados com um traço contínuo de tinta
  • Os títulos de missão se desintegram em pétalas após a conclusão

Onde pesquisar elementos de IU:

  • Red Dead Redemption 2
  • Witcher 3
  • Ghost of Tsushima

Animação de Personagem 2D – Limbo

Apesar de ter sido lançado há muitos anos, Limbo ainda é um ótimo exemplo de animação elementar de personagens fora dos desenhos animados.

Normalmente, não pensamos em animação de personagens de videogame em motion design. No entanto, enquanto muitos jogos buscam o realismo completo com sua animação de personagens, ainda há muitos outros que usam animação 2D rudimentar.

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