Empoderamento feminino no audiovisual brasileiro

empoderamento feminino no audiovisual

Empoderamento feminino no audiovisual brasileiro

Muitas questões importantes que vinham sendo renegadas há muito tempo vêm sendo pautas de destaque em diversos setores da sociedade. Uma delas é sobre o empoderamento feminino e a participação da mulher no mercado de trabalho.

Que sempre houveram diferenças gritantes no percentual de homens e mulheres em diversos setores do mercado não é nenhuma novidade. E que as mulheres sempre foram tão talentosas e capazes quanto os homens para esses mesmos setores do mercado, também não.

A diferença é que, agora, a sociedade não quer mais encarar essas diferenças com um “pois é, infelizmente é assim mesmo”, mas com um “por que é assim? Precisamos mudar isso JÁ!.

Esse movimento feminino em busca de mais oportunidade e visibilidade em todas as áreas do mercado de trabalho e igualdade de salários também chegou no audiovisual. Já falamos aqui sobre o Free the Bid, iniciativa americana que propõe um compromisso às agência de publicidade de incluírem pelo menos uma mulher nos orçamentos feitos com diretores de cena para a produção de comerciais.

Agora, foi a fez da Ancine (Agência Nacional do Cinema) colocar o tema pra jogo: em junho, a agência promoverá o Seminário Internacional de Mulheres no Audiovisual, onde será assinado um memorando de entendimento entre a Ancine e a ONU Mulheres com o intuito de aumentar a igualdade de gênero no setor audiovisual, além da troca de experiências com outros países que já estão nesse caminho.

Isso é fundamental uma vez que, de acordo com a última pesquisa do setor, a participação de mulheres na direção de filmes foi de 19,7%, enquanto que a média de participação feminina nos filmes lançados comercialmente no Brasil é de 15%.

Vale dizer que, desde 2018, a Ancine já vem trabalhando para diminuir disparidades na indústria. A primeira ação implementada estabeleceu paridade de gênero nas comissões de seleção de filmes para recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), onde já foi observado um aumento de mulheres na seleção de obras, de acordo com Débora Ivanov, diretora da Ancine.

A segunda ação foi em busca de estabelecer cotas para participação de gênero e raça, uma vez que, em 2016, apenas 2% dos filmes lançados no Brasil foram assinados por homens negros, enquanto que nenhuma mulher negra assinou a direção.

 

E você, o que acha sobre o assunto? Acredita que esse tipo de atitude vai ajudar a termos mais igualdade e presença das mulheres no audiovisual?

 

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