Educação Midiática no combate à desinformação

Educação Midiática no combate à desinformação

Educação Midiática no combate à desinformação

A internet mudou a forma como nos comunicamos, nos expressamos, consumimos e nos relacionamos. Antes, toda e qualquer informação era sempre uma via de mão única: o jornal, a revista, a novela, o livro, o rádio passavam a mensagem e nós, leitores e espectadores, a recebíamos. No máximo, podíamos trocar ideia sobre o assunto com as pessoas próximas num jantar em família ou com os colegas de trabalho no dia seguinte.

Com a internet, não existe mais um único eixo que produz e divulga a informação e outro que apenas recebe. Todo mundo tem voz e espaço para criar, copiar, responder, interagir, concordar, discordar, opinar, ensinar e aprender. O acesso à informação foi democratizado e não se limita mais a apenas uns poucos privilegiados, pois coloca o trombone na boca de qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo.

Apesar de maravilhoso, essa facilidade criou um excesso de informação. É tanta notícia, conteúdo, opinião chegando de tantos lugares que fica difícil saber para onde olhar e, pior ainda, ter discernimento para distinguir no que acreditar. Não à toa, o termo ‘fake news’ nunca esteve tão em alta. Afinal, é fácil imaginar que, com tanta informação correndo solta por aí, muita coisa que a gente vê e ouve não é baseada na verdade.

Circulação de notícia falsa, ou fake news, é desafio para as escolas e suas  equipes gestoras, principalmente em ano de eleição

A disseminação de ‘fake news’, teorias da conspiração, mentiras e incitação ao ódio e à violência são o ônus dessa revolução do acesso à informação. Não precisamos ir muito longe para ilustrar. Em pleno 2021, a teoria da terra plana ganha cada vez mais visibilidade e apoiadores. Bem como, o negacionismo frente à pandemia da COVID-19 vem transformando a tragédia em algo ainda mais letal. E nenhum desses assuntos é baseado apenas em uma questão de opinião, e sim na ciência.

No século XXI, a educação também precisa passar por uma mudança para se adaptar aos novos tempos de excesso de informação. Educar, nos dias de hoje, é muito mais do que ensinar gramática, física ou geografia. É preciso ensinar as crianças e adolescentes a saberem aprender. Como saber se uma informação é verdadeira? Como reconhecer uma fonte crível? Onde procurar informação confiável? Qual a responsabilidade de cada indivíduo na disseminação de ‘fake news’?

É isso que o Educa Mídia, do Instituto Palavra Aberta, se propõe a fazer: preparar as crianças e os jovens para aprender com senso crítico e responsabilidade na Era da Informação por meio da Educação Midiática. Segundo eles, Educação midiática é um “conjunto de habilidades para acessar, analisar, criar e participar de maneira crítica do ambiente informacional e midiático em todos os seus formatos — dos impressos aos digitais.”

A Educação Midiática entende que os alunos precisam aprender não só a ler criticamente mas também a saber escrever com responsabilidade e participar ativamente da sociedade, ajudando a combater notícias falsas e construir narrativas em auxílio a alguma causa.

E você, como pensa a responsabilidade da educação nos dias de hoje?

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