Como “Ela” retrata a solidão humana


Quem nunca sentiu solidão na vida?

A solidão é um sentimento natural do ser humano, e nada, ou muito pouco tem a ver com estar rodeado de pessoas. Especialmente nos dias de hoje, onde a tecnologia está em todos os lugares e momentos, as relações pessoais são construídas à base de mensagens de texto ou um ‘like’ no Instagram. Nunca estivemos em contato com tantas pessoas ao mesmo tempo (basta abrir suas redes sociais e observar quantas passam pelo seu feed diariamente), mas também nunca criamos relações tão rasas.

No filme “Ela”, do brilhante diretor Spike Jonze, a solidão é retratada de forma tão verdadeira que o telespectador consegue rapidamente se conectar com o personagem. Sem cair no no clichê do “cara-solitário-loser”, o Theodore de Joaquin Phoenix é um homem comum e inteligente, que vive um dia a dia comum onde é cercado por pessoas, mas que se sente profundamente solitário. O arco de desenvolvimento do personagem nos leva à identificação com os sentimentos do personagem e à empatia. Ficamos ao lado dele mesmo quando ele se apaixona por Samantha, o sistema operacional do seu celular (cuja voz é de Scarlett Johansson).

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A história passa longe de ser uma ficção científica de humanos X máquinas, mas traz reflexões sobre um mundo onde não conseguimos mais conceber viver sem a interação com a tecnologia. Quando ficamos espantados ao pensar como alguém consegue se apaixonar por um telefone, o file rapidamente nos mostra como a vida pode ser solitária, mesmo que ela não seja de todo o ruim.

Com delicadeza e inteligência, Jonze consegue contar sobre a solidão com base no que todos nós mais queremos, que é a conexão real e profunda com outras pessoas.

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