A cor é uma ferramenta que pode ajudar a transmitir as emoções certas em seu vídeo. Além de combinar a narrativa, as cores nos afetam psicologicamente, emocionalmente e até fisicamente, muitas vezes inconscientemente. A composição de cores pode criar cenas de tensão ou harmonia, perigo ou serenidade e ainda ajudar a comunicar o caráter da personagem, destacar algum objeto, aumentar a expectativa nas cenas de suspense ou prenunciar algo.
Desde que o cinema não é mais preto e branco, os cineastas perceberam o potencial das cores. E a combinação com o movimento de câmera, enquadramento, iluminação, trilha sonora, design e edição reforçam ainda mais a narrativa do vídeo.
A identidade visual do filme é baseada na paleta de cores, composta também por contrastes, luzes, tons e sombras. As cores frias (tons azuis) indicam um cenário mais sombrio, já as quentes (tons de vermelho) dão a ideia de energia e ação. Mas é a composição de todas elas, a harmonia cromática, que cria a identidade emocional do filme.
O círculo cromático, composto pelas doze cores do arco-íris, é uma das ferramentas mais utilizadas na composição de cores em audiovisual. Os esquemas variam desde o monocromático (diferentes tons da mesma cor), cores complementares (opostas), análogas (cores próximas), triádico (intervalos iguais entre as cores), harmonia complementar dividida (uma cor em combinação com as outras duas) e o tetrádico (quatro cores com dois pares complementares).
Aqui, a Omelete TV explica os esquemas de cores utilizando diversos filmes como exemplo:
Os três componentes principais das cores são o HUE (a cor, propriamente), saturação (a intensidade da cor) e brilho e contraste. Outro vídeo que traz a influência das cores no filme é esse, do canal CinematicJ. O conteúdo é em inglês, mas as legendas em português estão disponíveis.
O vídeo abaixo, da Lilly Mtz-Sear, mostra a psicologia das cores em mais de 60 filmes. As emoções variam de inocência, doçura, feminilidade, violência, paixão, sociabilidade, guerra, juventude, loucura, insegurança, natureza, infância, destruição, calma, distanciamento, fantasia e erotismo.
Muitas vezes, a paleta de cores muda bruscamente com o passar da história. O filme A Mulher Maravilha utiliza muito bem esta oposição entre as cores. É clara a distinção entre o paraíso em que Diana nasceu – Themyscira (cores claras e luminosas) e a realidade da guerra enfrentada heroína (cores escuras e sombrias). A técnica de cores acaba sendo um complemento da narrativa. O vídeo do Patrick (H) Willems, traz o assunto a tona e dá exemplos. As legendas aqui também estão disponíveis.
A partir de agora, toda vez que for assistir um vídeo, repare na paleta de cores e o que elas acrescentam de informação para você.