Como as lives deram certo para o teatro


Com a avalanche de lives que tomou conta da internet na pandemia em 2020 (atire o primeiro mouse quem nunca assistiu a nenhum show online nesse último ano e meio), muita gente acreditou que essa “febre” iria acabar depois que os eventos presenciais começassem a voltar.

Pois não está sendo bem assim.

É claro que o formato de transmissão ao vivo não é uma criação da pandemia e já existe há anos. Porém, houve um aumento significativo de produção e consumo de lives em 2020: sem a opção do evento físico, elas se tornaram a única alternativa para certos eventos acontecerem e as empresas se manterem funcionando e proporcionando um entretenimento ao público “quarentenado”. 

No mundo pré-pandemia, o consumidor talvez não fosse tão acostumado a consumir esse tipo de conteúdo ao vivo por duas razões: a primeira é que não era necessário, visto que os eventos físicos aconteciam o tempo todo; depois, vem a qualidade, que era percebia como inferior em relação aos eventos presenciais.

Com o mundo todo correndo para fazer lives, houve um movimento conjunto em busca de maior qualidade para proporcionar ao consumidor uma experiência memorável, mesmo que pela tela de um computador. Desde o aperfeiçoamento em tecnologia das plataformas de transmissão ao vivo até a criação de eventos interativos e criativos, a experiência de consumo de lives se transformou nos últimos meses – para melhor.

Assim, muitas empresas viram nas lives um formato que deu tão certo e veio para ficar, se tornando não mais uma opção temporária enquanto a reabertura não vinha. Um exemplo é o Apollo Theatre, em New York.

Naturalmente, transmissões online não eram algo que a casa de espetáculos acreditasse que fizesse sentido, e já chegaram a declarar que lives eram uma antítese ao que eles se propunham a fazer. Agora, eles têm um novo palco virtual e criaram novos formatos de show que vieram para ficar, e recebem desde artistas amadores até grandes eventos musicais.

De acordo com Kamilah Forbes, produtora executiva do Apollo, “a ramificação para o espaço digital nos permitiu levar a programação do Apollo muito mais longe e alcançar novos públicos em potencial”.

Watch Live at the Apollo Online - Stream Full Episodes

História parecia aconteceu com o National Theatre, de Londres. A empresa já havia lançado a plataforma “NT Live” antes da pandemia como uma forma de levar as pessoas a assistirem seus espetáculos nos cinemas. Um artigo do “Sunday Times” citou que dez milhões de pessoas assistiram às peças dessa forma na última década. Com a pandemia e o isolamento social em 2020, o NT Live se transformou em “NT at Home”, e dezesseis milhões de pessoas assistiram às transmissões ao longo de dezesseis semanas.

National Theatre disponibiliza gravações de peças no YouTube

E você? Se rendeu ao universo das lives? Qual estratégia adquirida para enfrentar a pandemia sua empresa pretende adotar para sempre?

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