Você já deve ter ouvido falar da claquete, mas se não reconhece pelo nome, sem dúvidas sabe o que é olhando a imagem abaixo:
Criada há mais de 100 anos, a claquete se tornou um verdadeiro ícone para representar o cinema. O que muita gente não sabe é que a claquete não é só uma alegoria que dá um charme às gravações de um filme; ela é um instrumento fundamental que auxilia, e muito, no trabalho de pós-produção.
A claquete contém informações básicas e essenciais sobre a cena que está prestes a ser gravada, como título do filme, data, produtora, diretor, plano e take. Por isso, é colocada na frente da câmera antes da cena começar a ser gravada. Esses dados ajudam a equipe de edição a localizar e organizar todo o material, até porque as cenas não são gravadas, necessariamente, na ordem de exibição. Após “bater” a claquete a cena pode, finalmente, começar a rodar.
Porém, existem ocasiões onde não é possível “bater” a claquete no início, como num caso de movimento de cena. E aí, como faz?
Quando isso acontece, a claquete é feita ao final da cena, antes do diretor gritar “corta”. Para não criar confusão na hora da edição, isso é feito com a claquete de ponta-cabeças. Isso mesmo! Chamada de “tail slate”, a claquete virada de cabeça para baixo mostra à equipe de pós-produção que as informações ali contidas se referem à cena que acabou de passar, e não à que virá em seguida, como é o normal.
Após “bater” a claquete, o responsável volta a peça à sua posição normal para que as informações fiquem legíveis e lê em voz alta. Aí, sim, a gravação é finalizada.
