O cinema nacional em risco
O Ministério da Cultura foi criado em 1985 pelo presidente José Sarney. DEsde a década de 90, o órgão ganhava força e o cinema nacional foi criando e ganhando seu espaço no entretenimento. Em 2019, diversas produções brasileiras foram apresentadas e premiadas em festivais internacionais, como Cannes, na França, o Sundance, nos EUA e o Berlinale, na Alemanha. Também nesse mesmo ano foi confirmada a extinção do Ministério da Cultura, que se transformou em Secretaria Especial da Cultura, hoje subordinada ao Ministério do Turismo.
O Fundo Setorial do Audiovisual, um dos principais fomentadores do cinema brasileira, está com um atraso de 3 anos na liberação de verbas. Desde 2018, primeiro ano do governo Bolsonaro, a Ancine não faz a totalidade da liberação de verbas do Fundo. O presidente, inclusive, ameaçou fechar a Agência Nacional de Cinema caso não pudesse haver filtros nos tipos de conteúdos patrocinados – em outras palavras, censura.
Ao todo, e até antes do governo Bolsonaro começar, são cerca de R$2,1 bilhões disponibilizados pelo setor e que estão paralisados: R$725 milhões do Fundo relativos ao ano passado e R$325 milhões desse ano que estão atrasados, mais R$1 bilhão represados pelo governo desde 2016.
Com a crise ocasionada pela pandemia do coronavírus, até as empresas que gerenciam as salas de cinema, vazias há meses por conta das restrições do isolamento social, estão sofrendo sem os recursos prometidos pela Ancine já há algumas semanas.
Profissionais do setor prevêem um colapso no audiovisual brasileiro. Sem recursos, sem apoio, com cortes e censuras, p que será do cinema nacional?