História Mundial do Cinema: Cinema Clássico Americano

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História Mundial do Cinema: Cinema Clássico Americano

O Cinema Clássico é tido como o responsável pela formação da indústria cinematográfica tal como a conhecemos.

A produção europeia estava em baixa devido à Primeira Guerra Mundial no início do século XX, e foi com essa brecha que Hollywood ganhou espaço. A indústria americana criou um novo sistema de produção que a ajudou a despontar no mercado, como a padronização da película de 35 mm e o esquema de empréstimo de filmes pois, antigamente, o filme pertencia a quem os comprasse e projetasse. Dessa forma, Hollywood centralizou a produção e também os lucros, sendo possível tornar o cinema acessível para todas as classes sociais.

Foi um período de altos investimentos nas produções, que contavam com figurino elaborado, figurantes, grandes cenários e astros famosos. Os grandes estúdios se estruturaram e foi sendo estabelecida uma nova linha de produção, distribuição e exibição dos filmes nos EUA.

Com essa produção massiva que chegava a todos os tipos de espectadores, os filmes precisavam ser de fácil entendimento. Por isso, as produções apesentavam uma narrativa simples, cronológica e com começo, meio e fim. A história era homogênea, geralmente centrada em um único personagem ou casal, e a narrativa era clara e transparente. Nessa época, o cinema era declaradamente espetáculo, feito para entreter as pessoas e fazê-las sair da realidade, porém, de uma forma fácil.

Um dos nomes mais famosos da história do cinema mundial e, especificamente, do cinema clássico americano, é D. W. Griffith, que inovou na forma como o cinema era feito. Em 1915, ele produziu o primeiro grande blockbuster chamado O Nascimento de Uma Nação, cuja história se passava na Guerra Civil americana e que foi bastante rejeitado pelo seu conteúdo racista. De qualquer maneira, esse foi o primeiro longa feito com modernas noções de cinematografia, como edições mais rápidas, câmera em movimento e trilha sonora que acompanhava o sentido da história, e não apenas como uma musiquinha de fundo qualquer.

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“O Nascimento de Uma Nação” (1915)

Apesar da repercussão negativa com esse filme, Griffith procurou explorar tramas de cunho social sobre as classes menos favorecidas em suas próximas produções, como O Lírio Quebrado (1919) e Intolerância e As Duas Orfãs (1921).

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