A importância do algoritmo nas plataformas de streaming

A popularização e o uso massivo das redes sociais trouxe à tona diversos termos que antes não eram de conhecimento do público geral, como “algoritmo”.

Especialmente para quem trabalha com marketing digital e criação de conteúdo na internet, o algoritmo é um item fundamental na equação. Afinal, é ele quem lê o comportamento do usuário e entrega o conteúdo que mais vai agradar o consumidor.

Mas saiba que o algoritmo também tem um papel relevante para as plataformas de streaming. Com a chegada da Disney+ no Brasil em novembro de 2020, a briga pela audiência com gigantes já estabelecidas no mercado como Netflix, Amazon Prime, HBOGo e Globoplay ficou ainda mais acirrada.

Afinal, além da experiência de navegação dentro de cada plataforma, o tipo de conteúdo recomendado e a forma como ele é apresentado é função dos algoritmos. Por exemplo, as fotos de capa que aparecem no catálogo da Netflix são colocadas ali com base no perfil de consumo do usuário: supondo um filme que tenha cenas de ação e comédia; o usuário que tem como preferência assistir filmes de ação vai receber a foto de capa com uma imagem de ação daquele filme, já quem assiste mais conteúdo cômicos vai ser impactado com uma cena de comédia como capa do mesmo filme.

O ex-diretor da Netflix, Omarson Costa, explica que o serviço da Netflix está todo na nuvem da Amazon, então muito da estrutura por trás dessas duas plataformas é a mesma. Porém, a Netflix tem uma maior base de dados devido ao número de assinantes, o que a torna a plataforma melhor no que diz respeito ao sistema de recomendação de conteúdo.

A Disney+, no entanto, não possui uma estrutura forte de recomendação pois sua interface é dividida por franquias, como Star Wars e Marvel, por exemplo, deixando o sistema mais previsível. Já a Amazon utiliza um maior uso de metadados em cada cena e de cada conteúdo exibido.

Apesar do sistema de recomendação da Netflix ser mais completo, Costa acredita que isso não faz muita diferença na aquisição de novos clientes, mas talvez na manutenção deles, como a função de tocar o trailer do conteúdo selecionado, funcionalidade que nem a Amazon e nem a Disney+ tem.